Poema Ateu nº 2

Acredito a liberdade que aceitamos,
muito mais que a que perseguimos, seja esse claro enigma,
esse silêncio corporal ao qual nos devotamos
Como que inevitavelmente face a face
na véspera do momento em que me desfaço da ilusão e dos pressupostos
e mergulho no teu mistério de beleza e silêncio.

A perplexidade de amar descomedidamente todas as coisas,
próprias e inapreensíveis como elas são, apesar da nossa contingência
de estarmos sempre diante do nada.

Atempo

Deslimito justaposição de orgãos
recoloco-me em lugar algum
quase penso que saí do palco


aí é que nele piso?
sombra, olhos, inalação


coadjuvante de si
me busco entre as cortinas.






poema de meu caro amigo Diego Roberto
que eu tomei a liberda-de publicar e nomear.